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Catedral de Faro

Um notável conjunto artístico.

Embora não existam provas documentais, é provável que a Igreja de Santa Maria de Faro – consagrada ao culto mariano e edificada a partir de 1251, dois anos após a reconquista da povoação, por ordem do Arcebispo de Braga, D. João Viegas – tenha sido construída sobre os vestígios de uma antiga basílica paleocristã que entretanto fora convertida em mesquita. Conserva alguns elementos arquitetónicos desse edifício original dos séculos XIII/XIV, como a torre sineira e duas capelas do cruzeiro. Em 1271, o templo foi entregue à Ordem de São Tiago como recompensa pelos serviços prestados na tomada da povoação. Foi elevada a Sé no século XIV, época em que sofreu algumas ampliações, durante o reinado de D. Dinis.

Em 1577, a Sé de Faro foi elevada a sede episcopal da Diocese do Algarve, substituindo a de Silves. Em 1596, a igreja e a cidade foram saqueadas e incendiadas pelas tropas inglesas de Robert Devereux, 2º Conde de Essex. Do ambiente gótico apenas terão restado as capelas da cabeceira, a torre da fachada e as paredes da nave, enquanto os altares e os tetos de madeira foram destruídos.

O interior foi posteriormente reconstruído em estilo maneirista durante o século XVII, sendo enriquecido com vários trabalhos em talha dourada e com um órgão construído cerca de 1715 – do qual o rei D. João V mandou fazer uma cópia, em 1750, que foi enviado para a Sé de Mariana, no Brasil. Os terramotos de 1722 e 1755 causaram alguns danos no edifício e motivaram outras obras, mas desde essa época esta igreja não sofreu grandes alterações.

O interior da Sé de Faro contém, assim, um dos mais valiosos conjuntos artísticos dos séculos XVII e XVIII no Algarve. Destacam-se o retábulo e o cadeiral da capela-mor, a Capela do Santo Lenho, revestida de talha dourada, onde se pode admirar um importante conjunto de relicários e o túmulo do bispo fundador, assim como os azulejos do século XVII, nomeadamente os painéis figurativos da Capela de Nossa Senhora do Rosário e o revestimento de painéis de tapete na capela-mor e nas paredes laterais do templo. De referir ainda a Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, uma pequena joia da arte barroca, com bons exemplos de talha dourada, embutidos, azulejos e pintura.

No Largo da Sé, merecem ainda atenção dois outros edifícios notáveis: o Paço Episcopal e o Seminário Episcopal de S. José.

Um notável conjunto artístico.

Embora não existam provas documentais, é provável que a Igreja de Santa Maria de Faro – consagrada ao culto mariano e edificada a partir de 1251, dois anos após a reconquista da povoação, por ordem do Arcebispo de Braga, D. João Viegas – tenha sido construída sobre os vestígios de uma antiga basílica paleocristã que entretanto fora convertida em mesquita. Conserva alguns elementos arquitetónicos desse edifício original dos séculos XIII/XIV, como a torre sineira e duas capelas do cruzeiro. Em 1271, o templo foi entregue à Ordem de São Tiago como recompensa pelos serviços prestados na tomada da povoação. Foi elevada a Sé no século XIV, época em que sofreu algumas ampliações, durante o reinado de D. Dinis.

Em 1577, a Sé de Faro foi elevada a sede episcopal da Diocese do Algarve, substituindo a de Silves. Em 1596, a igreja e a cidade foram saqueadas e incendiadas pelas tropas inglesas de Robert Devereux, 2º Conde de Essex. Do ambiente gótico apenas terão restado as capelas da cabeceira, a torre da fachada e as paredes da nave, enquanto os altares e os tetos de madeira foram destruídos.

O interior foi posteriormente reconstruído em estilo maneirista durante o século XVII, sendo enriquecido com vários trabalhos em talha dourada e com um órgão construído cerca de 1715 – do qual o rei D. João V mandou fazer uma cópia, em 1750, que foi enviado para a Sé de Mariana, no Brasil. Os terramotos de 1722 e 1755 causaram alguns danos no edifício e motivaram outras obras, mas desde essa época esta igreja não sofreu grandes alterações.

O interior da Sé de Faro contém, assim, um dos mais valiosos conjuntos artísticos dos séculos XVII e XVIII no Algarve. Destacam-se o retábulo e o cadeiral da capela-mor, a Capela do Santo Lenho, revestida de talha dourada, onde se pode admirar um importante conjunto de relicários e o túmulo do bispo fundador, assim como os azulejos do século XVII, nomeadamente os painéis figurativos da Capela de Nossa Senhora do Rosário e o revestimento de painéis de tapete na capela-mor e nas paredes laterais do templo. De referir ainda a Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, uma pequena joia da arte barroca, com bons exemplos de talha dourada, embutidos, azulejos e pintura.

No Largo da Sé, merecem ainda atenção dois outros edifícios notáveis: o Paço Episcopal e o Seminário Episcopal de S. José.

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Morada:

Largo da Sé, 8000-138 Faro

Horário:

visitas à igreja e museu - dezembro e janeiro: segunda a sexta-feira 10h00 - 18h00 (última entrada às 17h30), sábado 09h30 - 13h00; fevereiro a novembro: segunda a sexta-feira 10h00 - 18h30 (última entrada às 18h00), sábado 09h30 - 13h00.

Dia(s) de encerramento:

domingo

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