Com a chegada à Península dos muçulmanos, Serpa ficou sob o domínio do Islão, permanecendo na esfera de Beja e como ponto de escala estratégico na via que ligava aquela cidade com Sevilha. Conquistada pelos cristãos em 1166, voltou a ficar sob a égide dos muçulmanos graças à ofensiva almóada de 1191 que reconquistou parte substancial dos territórios a sul do Tejo, incluindo Serpa que apenas viria a ser definitivamente conquistada pelas tropas da Ordem de Santiago em 1232.
Vestígios do passado islâmico encontram-se nalguns troços de muralha em taipa e em duas torres: a do Relógio, transformada em 1440 em torre relojoeira, e a da Horta, parcialmente reaproveitada nas obras de reconstrução da cortina de muralhas ordenada pelo monarca português D. Dinis.
Situado na alcáçova do Castelo, o Museu Municipal de Arqueologia de Serpa conta, no seu piso superior, com uma área dedicada ao Período Islâmico. Aí podemos observar de perto o legado islâmico através de variados achados arqueológicos encontrados no concelho, cujo ex libris da exposição consiste na placa de fundição conhecida como «molde de Pias», pequena placa de ardósia com uma reprodução de um versículo do Alcorão com a qual se fabricava amuletos protetores em metal fundido, que expressavam a influência do novo profeta Maomé.
Alcáçova do Castelo, Serpa
Terça a domingo: 9h00 - 12h30 e 14h00 - 17h30
Segunda feira