Tomar

Durante séculos tiveram sede em Tomar, primeiro a Ordem do Templo, depois a Ordem de Cristo. Do importante património dessas Ordens Militares, destaca-se o Convento de Cristo, começado a construir em 1160, património classificado pela UNESCO.

A referência mais recuada à comunidade judaica de Tomar data de 1315. Organizada em comunidade com estrutura própria desde finais do século XIV, é com o Infante D. Henrique (1394-1460) que ela recebe um incremento muito forte.

Esta importante figura da família real, uma das personagens da História de Portugal mais ligada aos Descobrimentos Marítimos, impulsionou a organização da judiaria e a construção da sinagoga. Fruto desta relação de proteção e de proximidade ao comércio com as possessões em África, no final do século XV, a população judaica de Tomar constituiria cerca de metade da população da cidade.

Com o estabelecimento da Inquisição, em 1536, Tomar foi das cidades mais fustigadas pelos inquisidores, tendo sofrido grandes perdas na sua vitalidade comercial e cultural fruto dessa perseguição.

Tomar é hoje uma cidade relevante na redescoberta do património sefardita, devido à Sinagoga de Tomar - Museu Luso-Hebraico Abraão Zacuto.