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Casa do Bandarra - Trancoso

A herança medieval profética do Bandarra.

Na mesma rua do Centro de Interpretação da Cultura Judaica Isaac Cardoso, a Casa do Bandarra pretende preservar uma memória que faz parte da identidade portuguesa, através da figura deste místico poeta. Gonçalo Anes Bandarra (1500-1556) nasceu em 1500, em Trancoso, e ficou conhecido pelas suas trovas proféticas, nas quais anunciava o regresso de D. Sebastião (1554-1578), monarca desaparecido numa batalha no Norte de África, em Alcácer Quibir. Com o desaparecimento do rei D. Sebastião, Portugal ficou por sessenta anos sob o domínio de uma dinastia espanhola.

Sapateiro de profissão, poeta e profeta, Bandarra é considerado o Nostradamus português por Fernando Pessoa (1888-1935), um dos maiores poetas portugueses. Inspirou autores como o Padre António Vieira (1608-1697), padre jesuíta do século XVII, defensor dos direitos dos índios e do fim da discriminação entre cristãos-novos (descendentes dos judeus convertidos à força em 1497) e cristãos-velhos, e inspirou muito do pensamento messiânico na cultura portuguesa.

Tinha uma posição social reconhecida: relacionava-se facilmente com cristãos-velhos e cristãos-novos e muitos consideravam-no um exegeta e um líder religioso. Em 1541, a Inquisição julgou-o, tendo sido proibido de interpretar a Bíblia ou escrever sobre assuntos teológicos. Ainda hoje não se sabe ao certo se era ou não de ascendência judaica, mas as temáticas pouco usuais que abordou, o Encoberto (ou Rei Encoberto, rei predestinado a derrotar o Império Otomano e estabelecer a Monarquia mundial) e o futuro de Portugal como reino universal, terão sido vistas pelos inquisidores como marcas de judaísmo.

Terá falecido em 1556 e o seu corpo encontra-se na Igreja de São Pedro, no centro histórico de Trancoso.

Na Casa do Bandarra, há um pátio onde as suas trovas podem ser “ouvidas” no fundo de um poço. Para além de testemunhos orais de moradores da aldeia onde Bandarra se refugiou depois de sair da Inquisição, o visitante tem ainda acesso a uma reconstituição do julgamento, algumas reproduções das Prosas e variados documentos de arquivo.

O espaço é um centro de interpretação lúdico, educativo e científico.

A herança medieval profética do Bandarra.

Na mesma rua do Centro de Interpretação da Cultura Judaica Isaac Cardoso, a Casa do Bandarra pretende preservar uma memória que faz parte da identidade portuguesa, através da figura deste místico poeta. Gonçalo Anes Bandarra (1500-1556) nasceu em 1500, em Trancoso, e ficou conhecido pelas suas trovas proféticas, nas quais anunciava o regresso de D. Sebastião (1554-1578), monarca desaparecido numa batalha no Norte de África, em Alcácer Quibir. Com o desaparecimento do rei D. Sebastião, Portugal ficou por sessenta anos sob o domínio de uma dinastia espanhola.

Sapateiro de profissão, poeta e profeta, Bandarra é considerado o Nostradamus português por Fernando Pessoa (1888-1935), um dos maiores poetas portugueses. Inspirou autores como o Padre António Vieira (1608-1697), padre jesuíta do século XVII, defensor dos direitos dos índios e do fim da discriminação entre cristãos-novos (descendentes dos judeus convertidos à força em 1497) e cristãos-velhos, e inspirou muito do pensamento messiânico na cultura portuguesa.

Tinha uma posição social reconhecida: relacionava-se facilmente com cristãos-velhos e cristãos-novos e muitos consideravam-no um exegeta e um líder religioso. Em 1541, a Inquisição julgou-o, tendo sido proibido de interpretar a Bíblia ou escrever sobre assuntos teológicos. Ainda hoje não se sabe ao certo se era ou não de ascendência judaica, mas as temáticas pouco usuais que abordou, o Encoberto (ou Rei Encoberto, rei predestinado a derrotar o Império Otomano e estabelecer a Monarquia mundial) e o futuro de Portugal como reino universal, terão sido vistas pelos inquisidores como marcas de judaísmo.

Terá falecido em 1556 e o seu corpo encontra-se na Igreja de São Pedro, no centro histórico de Trancoso.

Na Casa do Bandarra, há um pátio onde as suas trovas podem ser “ouvidas” no fundo de um poço. Para além de testemunhos orais de moradores da aldeia onde Bandarra se refugiou depois de sair da Inquisição, o visitante tem ainda acesso a uma reconstituição do julgamento, algumas reproduções das Prosas e variados documentos de arquivo.

O espaço é um centro de interpretação lúdico, educativo e científico.

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Morada:

Rua Poço do Mestre, 6420-116 Trancoso

Telefone:

+351 271 817 176/

Horário:

de 1 de outubro a 31 de maio: 09h00 - 12h30 e 14h00 - 17h30; 1 de junho a 30 de setembro: 09h30 -12h30 e 14h00 - 18h00.

Dia(s) de encerramento:

domingo de Páscoa, 1 de maio, 1 de novembro, 24 e 25 de dezembro, tarde de 31 de dezembro e 1 de janeiro.

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