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Leiria

A presença judaica em Leiria deve ser anterior ao estabelecimento do Reino de Portugal, possivelmente deve remontar à presença e domínio islâmico a partir do século VIII. A existência de uma comunidade judaica nesta cidade do centro de Portugal está comprovada com evidências escritas para inícios do século XIII, quando foi estabelecida uma comuna fora das muralhas.

Apesar da expulsão e da conversão forçada de finais do século XV, a judiaria de Leiria é ainda hoje percetível na malha urbana, composta por uma teia de construções que se organizava em torno da sinagoga, dos banhos e dos restantes arruamentos.

Aqui existia a tipografia da família judaica Orta, datada do século XV e uma das mais antigas em Portugal. De notar que Leiria era já, nessa época, um importante centro produtor de papel.

Samuel de Orta e os seus três filhos imprimiram vários livros em hebraico.

Em 1496 foi impresso nessa oficina, sob patrocínio do rei D. João II, o célebre Almanach Perpetuum do matemático e astrónomo Abraão Zacuto (1450-1522), obra fundamental para os avanços na navegação durante o período dos Descobrimentos portugueses.

Leiria guarda, ainda, as memórias associadas ao poeta e cristão-novo Francisco Rodrigues Lobo (1580-1622), cuja estátua está instalada no Jardim Luís de Camões e ao Padre Joaquim Carreira (1908-1981), que recebeu o título de “Justo entre as Nações” pelo Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Jerusalém, por ter salvo dezenas de pessoas de origem hebraica durante a Segunda Guerra Mundial.

Esta memória, da comunidade e da importante tipografia, encontra-se no Centro de Diálogo Intercultural de Leiria, que apresenta uma exposição evocativa da convivência entre diferentes religiões na Idade Média portuguesa, em torno do significado do Livro e dos Textos Sagrados.

A presença judaica em Leiria deve ser anterior ao estabelecimento do Reino de Portugal, possivelmente deve remontar à presença e domínio islâmico a partir do século VIII. A existência de uma comunidade judaica nesta cidade do centro de Portugal está comprovada com evidências escritas para inícios do século XIII, quando foi estabelecida uma comuna fora das muralhas.

Apesar da expulsão e da conversão forçada de finais do século XV, a judiaria de Leiria é ainda hoje percetível na malha urbana, composta por uma teia de construções que se organizava em torno da sinagoga, dos banhos e dos restantes arruamentos.

Aqui existia a tipografia da família judaica Orta, datada do século XV e uma das mais antigas em Portugal. De notar que Leiria era já, nessa época, um importante centro produtor de papel.

Samuel de Orta e os seus três filhos imprimiram vários livros em hebraico.

Em 1496 foi impresso nessa oficina, sob patrocínio do rei D. João II, o célebre Almanach Perpetuum do matemático e astrónomo Abraão Zacuto (1450-1522), obra fundamental para os avanços na navegação durante o período dos Descobrimentos portugueses.

Leiria guarda, ainda, as memórias associadas ao poeta e cristão-novo Francisco Rodrigues Lobo (1580-1622), cuja estátua está instalada no Jardim Luís de Camões e ao Padre Joaquim Carreira (1908-1981), que recebeu o título de “Justo entre as Nações” pelo Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Jerusalém, por ter salvo dezenas de pessoas de origem hebraica durante a Segunda Guerra Mundial.

Esta memória, da comunidade e da importante tipografia, encontra-se no Centro de Diálogo Intercultural de Leiria, que apresenta uma exposição evocativa da convivência entre diferentes religiões na Idade Média portuguesa, em torno do significado do Livro e dos Textos Sagrados.

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